Ruas e Praças Antigas
A vila, sede do município de Santa Maria da Boca da Monte, era, em 1858, constituída das seguintes artérias:
Travessa do Barào do Cerro Largo (atual Visconde de Pelotas).
Praça da Constituição (atual da República), Barão de Pôrto Alegre (atual Conde de Pôrto Alegre).
Travessa Marques de Caxias (atual Duque de Caxias), Travessa 2 de Fevereiro
(depois Marquês do Herval e atualmente Serafim Valandro).
Travessa do Maximiano (atual Floriano Peixoto). Rua do Acampamento, Praça da Matriz (atual Saldanha Marinho).
Rua General Rafael Pinto (atual Avenida Rio Branco), Rua da Matriz (atual Venâncio Aires),
Rua do Comércio (atual Dr. Bozano). Rua da Aldeia (atual Avenida lpiranga).
Havia em projeto a construção da Praça 3 de Maio (onde atualmente se encontra o Colégio Santana),
rua Gararapes (atual Silva Jardim), rua dos Andradas e Coronel Manoel dos Santos (Continuação da Atual Avenida Ipiranga).
"Pelo oeste - da primeira canhada do alto que desce ao Passo da Areia,
cortando a rumo do Sul em direção à chácara de Antônio José da Rosa,
de lá em direção ao ipê pela frente da chácara de João Goethmer e do ipê em rumo de este
em direção à chácara e olaria do falecido Machado e pela chácara de Dona Angélica. De lá,
cortando o rumo de Oeste, em direção à chácara de André Beck e seguindo dahi até a casa
de Geraldo Alves Damaceno a fechar pela chácara de João Henrique Druek, rumando depois
à mesma canhada que vale dar ao Passo da Areia”. (Foi conservada a ortografia original).
Freguesia de Santa Maria
O mapa revela o traçado urbano da povoação, nove anos antes de sua emancipação política.
Esse mapa mostra o amplo espaço destinado à praça central e o local da primitiva igreja católica, marcado por uma cruz de malta.
Os alinhamentos da atual Av. Rio Branco estão apenas iniciados, afastados da igreja e do cemitério que ficava ao lado.
A Rua do Acampamento era a mais densamente edificada.
A Rua da Matriz (Venâncio Aires) era a via mais longa, em parte uma estrada desabitada até o
Passo da Areia, onde havia algumas chácaras, inclusive a área na qual seria construída a Sotéia.
A Rua Pacífica (Dr. Bozano) ia pouco além da atual Rua Conde de Porto Alegre e seguia como um estreito caminho.
A Rua da Aldeia, atual Av. Presidente Vargas, era uma longa e sinuosa estrada.
Várias vias não haviam sido abertas como as atuais ruas Floriano Peixoto, Duque de Caxias, Coronel Niederauer e Tuiuti.
Mapa do que vem a ser, hoje, a área central de Santa Maria em 1849.
Elaborado pelo engenheiro e agrimensor alemão Johann Martin Buff.
Nascimento da povoação
No ano de 2008, comemorou-se o sesquicentenário da emancipação política de Santa Maria,
devemos lembrar que houve muita história anterior, desde o nascimento da povoação, há 211 anos.
Santa Maria nasceu em consequência de ações estratégicas. Foi por causa de uma retirada estratégica da
Partida Portuguesa da 2ª Subdivisão da Comissão Demarcadora de Limites entre terras de Portugal e Espanha,
em 1797, que se estabeleceu o início do assentamento da povoação.
Havia anos que ambas as Coroas, através de seus comissários, tentavam estabelecer a
divisa territorial na Capitania do Rio Grande de São Pedro.
Uma operação difícil permeada por repetidosconflitos. A Comissão portuguesa,
sob comando de Joaquim Félíx da Fonseca, capitão de artilharia e astrônomo,
realizava seu trabalho na região missioneira, quando as relações entre Portugal e
Espanha tornaram-se tensas, anunciando mais uma guerra que seria declarada em 1801.
A fim de evitar maiores conflitos, a retirada foi ordenada ao comandante da Comissão, que desceu a
Serra de São Martinho do Monte Grande,em busca de proteção junto à Guarda Portuguesa de São Pedro.
nas proximidades do Arroio dos Ferreiros.
A Comissão instalou acampamento a pouco mais de 5 km a leste da Guarda, no já então denominado Rincão de Santa Maria,
em terras da estância do padre Ambrósio José de Freitas, cuja sede ficava a poucos quilômetros ao sudeste.
O capitão Joaquim Félix da Fonseca comunicou ao comissário espanhol, em 18 de julho de 1797,
que iria deixar o Povo de São João Baptista, descer a serra de São Martinho e
acampar junto à Guarda Portuguesa do Passo dos Ferreiros.
Então, em data ainda não conhecida, entre julho e dezembro de 1797,
foram montadas as instalações para abrigar o numeroso grupo de pessoas.
Eram oficiais e seus escravos, engenheiro, cirurgião, capelão, técnicos, artifices, soldados, peões e índios.
Vários integrantes estavam acompanhados de mulheres e filhos, somando, possivelmente, entre cem e duzentas pessoas.
Os barracões para a equipe técnica da Comissão, para alojamento dos soldados e
as primitivas habitações foram erguidos junto à área que futuramente se tomaria a praça central da povoação.
E a partir dela, alguns ranchos foram se estabelecendo ao longo do divisor de águas,
cujo traçado conhecemos hoje como Rua do Acampamento.
Também foi montado um pequeno oratório que, segundo Saint Hilaire, era uma capelinha coberta de palha, onde o capelão
(…) celebrava missa aos domingos e dias santos. (..) Pequenoscomerciantes vieram estabelecer-se para vender
aos soldados cachaça, fumo e outras mercadorias: agricultores das vizinhanças ai construíram choupanas
para se abrigarem quando viessem assistir missa.
Francisco das Chagas Santos, engenheiro da demarcação de limites entre terras de Portugal e Espanha, realizou, em 1800,
o levantamento de uma área cujo mapa revela uma extensão de 50 km, de leste a oeste, desde São João à foz do rio Vacacaí no Jacuí.
E desde a encosta da serra, ao norte, até cerca de 40 km ao sul.
O mapa resultante desse levantamento mostra o local cuja legenda denomina ‘Acampamento la Expedição ‘,
onde estão representadas as primitivas edificações.
Os pequenos quadriláteros sugerem, por sua disposição, o espaço do acampamento,
que originaria a praça central e o início do alinhamento que seria a futura Rua do Acampamento.
Cerca de 5 km a oeste, na margem direita do Arroio dos Ferreiros, o mapa mostra o
marco português da Guarda de São Pedro e o acampamento da Guarda Portuguesa, um pouco mais a oeste.
Vê-se o traçado de vários caminhos que cruzavam a região, primitivas estradas carroçáveis e algumas trilhas.
A posição estratégica é evidenciada pela presença da Guarda Portuguesa de São Pedro, que,
além de estar situada em zona de fronteira com terras de Espanha, controlava a “Boca da Picada” ou “Boca do Monte”,
nome que se agregaria ao da povoação nascida do Acampamento da Expedição.
A Picada da Boca do Monte era o principal caminho que subia a serra de São Martinho, em direção às Missões.
O local do acampamento chamava-se Rincão de Santa Maria, denominação dada, supostamente,
pelos jesuítas espanhóis a uma área de povoamento disperso remanescente da antiga redução de São Cosme e São Damião.
O topônimo Rincão de Santa Maria daria o nome da futura cidade, como se estendera a outra elementos descritos no mapa.
Vê-se claramente o Arroio de Santa Maria, atual Cadena, o Cerro de Santa Maria e, a cerca de 1,5 km a sudeste do Acampamento,
o Cerrito de Santa Maria, cujo nome perdura. O Cerrito, com sua forma característica,
durante mais de um século e meio dominou a paisagem ao sudeste, antes que os altos edifícios encobrissem o horizonte,
O mapa mostra também o Cerro Corcovado, em cujo topo hoje está o Monumento ao Ferroviário.
A região não era despovoada. Apesar de o mapa de 1800 representar algumas poucas edificações esparsas,
podemos supor que houvesse mais moradores nos arredores do Rincão de Santa Maria. Por exemplo,
na sede da estância do Padre Ambrósio José de Freitas, em cuja sesmaria se instalou o acampamento,
nada foi representado, embora se saiba que ele ali habitara, tendo obtido permissão para celebrar missa em seu oratório,
em 1794. Também a representação de cinco quadriláteros no Acampamento da Expedição não significa que ali tivesse
apenas esse número de edificações, em 1800; obviamente trata-se de uma convenção gráfica simplificando a representação.
Acreditamos que o nascimento da povoação, com sua conseqüente evolução urbana, deu-se a partir do Acampamento da Expedição,
no local demarcado no mapa. A posição do acampamento militar da guarda portuguesa determinou o local onde a cidade nasceria.
O assentamento urbano que se desenvolveu como Santa Maria foi gerado pela instalação do Acampamento da Comissão,
em data lamentavelmente ainda desconhecida quanto ao mês e dia, que possibilitaria comemorar 211 anos de fundação.
Panorama geral sobre Santa Maria
Aspectos históricos
Dois aspectos marcam o nascimento de Santa Maria: um militar e outro lendário.
A origem da cidade de Santa Maria está assentada no fato histórico denominado Demarcação de Limites da América Latina,
no qual as Partidas Portuguesa e Espanhola, aqui chegadas no final do século XVIII (entre 1757 e 1797).
tinham como missão demarcar os limites das terras da Coroa Portuguesa
e os da Coroa Espanhola, realizando a devolução mútua de terras que haviam
sido ilegalmente arrebatadas em litígios por seus familiares.
Essas Partidas eram compostas por militares e eram acompanhados por seus familiares, trazendo também artífices e escravos.
Devido a constantes conflitos entre os comissários das duas Partidas, impedindo a concretização do Tratado de Demarcação
de Limites, foi, desfeita a Comissão Mista das duas coroas, e o Governador do continente do Rio Grande do Sul,
e descendo a Serra de São Martinho até a primeira
guarda avançada denominada Arroio dos Ferreiros, aí acampasse. E estabelecido o
Acampamento da Comissão Demarcatória na sesmaria do tenente José Jerônimo de Almeida,
Considerando o surgimento dos primeiros ranchos dos militares, Santo Maria é bi-centenária (221 anos, em 2008). Oficialmente,
a cidade comemora 150 anos de emancipação política (em 2008). Sob o aspecto lendário,
a origem de Santa Maria tem seu berço no drama de amor da índia lmembui, a Salva das águas,
filha da tribo dos Minuano, com o bandeirante português Rodrigues, prisioneiro de sua tribo,
A paixão de Imembuí por Morotim,como ficou sendo chamado pelos indígenas, foi tão intensa,
que a levou a salvar-lhe a vida e tomar-se sua esposa.
O primeiro santa-mariense teria sido seu Filho José, batizado mais tarde nas Missões.
Indígenas
A região onde está assentada Santa Maria, até Fins do século XVIII, era habitada por índios
que pertenciam a duas tribos: os Minuanos e os Tapes.
Os Minuanos habitavam a zona da campanha, na Coxilha do Pau Fincado,
mais tarde transferindo-se para uma das margens do arroio Taimbé.
Na margem oposta, os Tapes levantaram seus toldos.
Além dessas tribos, também vieram Guaranis, oriundos das Missões Orientais (1800).
Os costumes indígenas muito contribuíram para a nossa cultura.
hoje, descendentes indígenas transitam em nossa população,
e nos oferecem produtos de sua cultura e de seu artesanato, principalmente feitos com cipós e fibras de plantas.
Possuem grande conhecimento quanto ao uso de ervas medicinais.
Emancipação
Santa Maria encontrava-se ainda na categoria de vila,
Somente foi elevada à categoria de cidade em 16 de abril de 1876.
Pela Lei Provincial número 1013.
Etnias
Constituem a população santa-mariense diferentes grupos étnicos. Aos índios,
Filhos da terra, aos africanos, vindos na condição de escravos,
juntaram-se os portuguêses e espanhóis, aqui chegados,
integrantes das Partidas demarcatórias, no século XVIII.
Posteriormente, chegaram alemães, poloneses, italianos, árabes.
Poder Executivo
Durante o período da monarquia, a Administração Municipal de Santa Maria foi desempenhada pelas Câmaras Municipais.
O Vereador mais votado exercia o papel de vereador-Presidente. As Cámaras Municipais foram em número de nove.
Com o advento da República, veio a reorganização do Estado e foram nomeados Intendentes para o governo municipal.
Santa Maria teve 14 intendentes, sendo o primeiro. Coronel Francisco de Abreu Vale Machado (1892-1900) e o último a
desempenhar o cargo foi Manoel Ribas que ficou como Intendente de 1928 a 3 de outubro de1930,quando eclodiu a Revolução
que depôs o governo do presidente Washington Luis e dissolveu as intendências. Poucos dias depois, Manoel Ribas foi nomeado
Prefeito Municipal, através do ato da Interventoria Federal do Estado.
Poder Legislativo
O Poder Legislativo de Santa Maria, formado por 14 vereadores,
constitui-se em um dos suportes do tripé governamental de Santa Maria.
Ferrovias
O ano de 1885 marca a chegada dos trilhos para a Viação Férrea em Santa Maria.
O penedo de 1885 até 1905 foi o que representou
um desenvolvimento pujante, senão o maior da história de Santa Maria.
Nesses vinte anos, houve um aumento considerável na população, que era de
habitantes e foi para 15.000; o número de prédios
cresceu de 400 para 1.500, em 1905. Novos hotéis foram abertos para receber o
grande número de viajantes que transitavam rumo à serra e à fronteira.
Houve um aumento das atividades econômicas, com a abertura de entrepostos
comerciais e grandes depósitos de produtos agropecuários.
Santa Maria como centro ferroviário do estado, movimentava trens de transporte de carga,
com produtos da região, e trens de passageiros
para todas as regiões do Rio Grande do Sul e para todo o país principalmente para o Rio de Janeiro e São Paulo.
A Gare da Viação Férrea - O quadro da Gare, nos tempos áureos do transporte ferroviário,
regurgitava em horas de chegada e de partida de trens de passageiros:
viajantes, chegando ou partindo; amigos, parentes aguardando a chegada ou se despedindo:
bagageiros levando cargas e pertences de passageiros;
o movimento dos maquinistas, foguistas, guarda-freios, revisteiros, chefes-de-trem, deixando a
composição recém chegada ou preparando-se para a próxima viagem.
A gare transbordava pessoas de todas as idades, principalmente jovens.
Era ponto cativo para encontros e muitos namoros e romances aconteciam.
A chegada dos trens era uma festa. O som de um alto-falante enchia o ar com informações
aos viajantes, com música e propagandas comerciais.
Depois da desativação da Viação Férrea, a Gare ficou abandonada por um longo período,
sofrendo a ação do tempo e dos vândalos.
Hoje, ela está recuperada, graças ao empenho da Prefeitura Municipal, através da Secretaria
da Cultura: é Centro de atividades culturais, onde acontecem Oficinas de arte e eventos artísticos e sociais.
Militares
Santa Maria possui a 2ª Guarnição Militar do País (em 2011 está prestes a se tornar a maior do Brasil).
A cidade tem sua origem ligada à atuação dos militares, aqui instalados para o cumprimento da missão demarcatória de limites.
Tem tradição militar.Membros dos batalhões que compunham os regimentos da Guarda
Nacional estiveram combatendo Oribe e Rosas no Uruguai e,
A atuação dos militares está vinculada à segurança, não só no que tange à defesa da pátria,
frente a um inimigo estrangeiro, ou aliando-se a outras corporações.
Em Santa Maria esta sediada a 3ª Divisão de Exército - Divisão Encouraçada, que é herdeira da 3ª Divisão de
Infantaria do heróico General Antonio de Sampaio. Congrega Unidades de Santa Maria, Santiago, Alegrete,
Rosário do Sul, Cruz Alta e Santa Cruz do Sul. A 6ª Brigada de Infantaria Blindada é uma grande unidade integrada pelos
Corpos Militares de Santa Maria, Santa Cruz do Sul e Rosário do Sul, com abrangência em 21 municípios.
Unidades do Exército:
Brigada Militar
Em Santa Maria está sediado o Comando Regional de Polícia Ostensiva Central — CRPOC — cuja área abrange 34 municípios
que se localizam numa faixa central do Estado, correspondendo à Depressão Central.
Unidades em Santa Maria:
- 1° Regimenio de Polícia Montada—Regimento Coronel Pilar;
- 3ª Companhia de Polícia Rodoviária;
- 4° Grupamento dc Incêndios (4° GI) —Corpo de Bombeiros— Escola de Habilitação e Especialização de Praças — EsHEP;
- Hospital da Brigada Militar de Santa Maria “Izidro Gai” — HBMSM.
Base Aérea
- 5° Esquadrão do Grupo de Aviação — 5º/8 B.Av — realiza missões de ligação, observação, busca e salvamento e Operações aéreas especiais;
- 1° Esquadrão do 10º Grupo de Aviação 1, — 1º/10º G.Av — é uma unidade de reconhecimento tático da Força Aérea Brasileira;
- 3° Grupo de Aviação — 3º/10º G.Av — adestra-se nas missões das tarefas operacionais
- de apoio aéreo aproximado, interdição e superioridade aérea;
- 4° Grupo de Comunicação e Controle - 4º/1º GCC (opera equipamentos aeronáuticos).
- Cultura
Santa Maria ostenta o título de Cidade Cultura, e o mérito advém da gama respeitável de manifestações culturais,
representadas pela criação artística (artes plásticas, artesanato); produção literária (em poesia e prosa),
composição musical, interpretação vocal e instrumental (popular, regionalista, clássica); bandas musicais, bandas marciais, bandas de rock);
grupos de teatro; corais; grupos e escotas de dança (ballé, gaúcha, italiana, alemã, dança moderna e de rua); associações culturais;
espaços culturais (Casa de Cultura, museus, bibliotecas (pública e de estabelecimentos particulares).
Um elenco dos poetas, escritores, pintores, desenhistas, cartunistas, escultores, compositores musicais
e intérpretes da palavra (poesia e teatro) e da música,
dançarinos integram o universo da cultura desta cidade.
Artes plásticas: Associação dos artistas plásticos de Santa Maria. Ab-Galeria de Arte, inaugurada em 19.10.1979,
no centro da cidade, mantém exposição permanente de obras, em diversas técnicas, de artistas nacionais e locais.
Letras: Santa Maria possui a novel Academia Santa-Mariense de Letras que originou-se da Associação Santa-Mariense
de Letras (entidade que havia completado 20 anos de existência em 2006), tem como objetivo o culto às letras e à
Língua Portuguesa; congrega pessoas ligadas ao mundo literário e/ou cultural, preservando a memória, a biografia e
a obra de escritores rio-grandenses, especialmente santa-marienses.
A cidade abriga também a Casa do poeta de Santa Maria (CAPOSM).
Teatro: Existem vários grupos: TUI; Companhia Retalhos de Teatro; Grupo Presença, que recentemente perdeu seu grande líder,
diretor e criador: Pedro Freire Júnior; Teatro Experimental Universitário, Escola Aberta de Teatro, Grupo sem máscara;
Grupo Expressão, entre outros.
Feira do Livro
Educação
Uma das características da cidade de Santa Maria é sua identidade com a educação. Possui uma rede de ensino, coordenada
pela 8ª Coordenadoria Regional de Educaçào, abrangendo escolas estaduais (39) e particulares (40), nos níveis: educacional infantil,
fundamental, médio, especiais, profissionais. Possui também uma Rede Municipal de Educação, cuja coordenação é da Secretaria de
Município da Educação com 119 escolas (zona urbana e zona rural).
Economia
Desde sua fundação, o município de Santa Maria teve a marca do desenvolvimento, através da agricultura e da criação de gado.
Hoje, a agricultura e a pecuária constituem produção parcimoniosa, de consumo praticamente doméstico,
destacando-se a produção de arroz e de soja. O setor industrial é bastante modesto.
O forte da economia repousa no comércio que agiliza o movimento financeiro da cidade, servindo também,
a clientela dos municípios vizinhos.
Comunicação
Rádios: Universidade, Guarathan, Medianeira (AM e FM), Santamariense, Imembuí,
Rádio Nativa FM, Antena 1, Pampa, Aleluia, Atlântida, Itapema.
- Brasão
Fica adotado como símbolo heráldico de Santa Maria, o seguinte escudo d’armas:
“Escudo português em campo de prata, com sigla de Maria Santissima, de cores azuis,
circundadas de 2 estrelas da mesma cor, sobre um terraço de dois montes de sua cor. Apoios:
duas lanças com bandeirolas vermelhas, estas com losango branco, cruzadas em sautor,
por trás do escudo, sobre duas lanças indigenas da mesma posição,
ligadas nos cantos por uma boleadeira gaúcha. Divisa: em listel,
com as cores da bandeira de Piratini, a legenda em letras de prata: Santa Maria,
cidade coração do Rio Grande sul. Timbre:
Coroa mural de praia, de 5 torres.
Árvore Ipê-Roxo É considerada a árvore-símbolo do município
a espécie popularmente conhecida corno lpê-Roxo.
O referido, símbolo passará a constar do brasão do município.
- Bandeira
É instituída a bandeira do município com campo de forma retangular.
Contendo no centro o Símbolo Heráldico de Santa Maria.
Parágrafo ünico: O branco simboliza o espírito paz da comunidade santamariense.
A população em 1858
Ao ser instalado o município de Santa Maria, sua população era de 5.110 almas, assim distribuídas;
Santa Maria (1° distrito), 2105 e Pau Fincado (2°distrito), 2205. Segundo um quadro estatístico aparecido na época e
de autoria do engenheiro Antonio Eleutério de Camargo, estavam incluídos, no total da população,
20 escravos libertos e 996 ainda no cativeiro.
A percentagem de escravos era, pois, de 18,9%, índice bastante baixo em relação
a outros municípios onde a percentagem chegava a alcançar 50%.
(Foi conservada a ortografia original).
Imigrantes
Israelitas
Alemães e Italianos
Santa Maria no mapa
Formação Administrativa
- Distrito criado com a denominação de Santa Maria da Boca do Monte,
- pela lei provincial nº 6, de 17 de novembro de 1837.
- Elevado à categoria de vila com a denominação de Santa Maria da Boca do Monte, pela lei provincial nº 400,
- de 16 de dezembro de 1857. Instalada em 17 de maio 1858.
- Elevado à condição de cidade e sede do município com a denominação de Santa Maria da Boca do Monte,
- pela provincial nº 1013, de 6 de abril 1876.
- Pela lei provincial nº 1392, de 1º de junho de 1882, é criado o
- distrito de São Pedro e anexado ao município de Santa Maria da Boca do Monte.
- Pela lei provincial nº 1455, de 26 de abril de 1884, é criado o distrito de Silveira Martins e
- anexado ao município de Santa Maria da Boca do Monte.
- Por atos municipais nºs 46, de 4 de março de 1896, e nº 18, de 29 de abril de 1914,
- é criado o distrito de Arroio do Só e anexado ao município de Santa Maria da Boca do Monte.
- Em 6 de outubro de 1901, Santa Maria da Boca do Monte, adquiriu o território do
- extinto município de São Martinho como simples distrito.
- Em divisão administrativa referente ao ano de 1911, o município é constituído de 5 distritos:
- Santa Maria da Boca do Monte, Arroio do Só, São Martinho, São Pedro, Silveira Martins.
- Por atos municipais nºs 14, de 31 de dezembro de 1913, e 18, de 29 de abril de 1914,
- foram criados os distritos de Caturrita e Estação Colônia
- e anexado ao município de Santa Maria da Boca do Monte.
- Nos quadros de apuração do recenseamento geral de 1º de abril de 1920,
- o município aparece constituído de 9 distritos:
- Santa Maria da Boca do Monte, Arroio do Só, Boca do Monte,Caturrita, Estação Colônia, Pains,
- São Martinho, São Pedro, Silveira Martins.
- Por ato municipal nº 66, de 21 de fevereiro de 1923, é criado o distrito de
- Dilermando de Aguiar e anexado ao município de Santa Maria da Boca do Monte.
- Pelo decreto estadual nº 3624, de 22 de março de 1926, desmembra do município
- de Santa Maria da Boca do Monte o distrito de São Pedro.
- Elevado à categoria de município, com o nome de São Pedro do Sul.
- Em divisão administrativa referente ao ano de 1933, o município de
- Santa Maria da Boca do Monte aparece constituído de 8 distritos:
- Sede, Arroio do Só, Boca do Monte, Dilermando de Aguiar, Estação Colônia,
- Pains, São Martinho e Silveira Martins. Não figurando o distrito de Caturrita.
- Em divisões territoriais datadas 31 de dezembro de 1936, o município
- se denomina Santa Maria (e não mais Santa Maria da Boca do Monte)
- e aparece constituído de 7 distritos: Sede, Arroio do Só, Boca do Monte,
- Dilermando de Aguiar, Estação Colônia, São Martinho, Silveira Martins. Não figurando o distrito de Pains.
- Pelo decreto-lei estadual nº 7842, de 30 de junho de 1939, o distrito de Estação Colônia
- tomou o nome simplesmente Colônia.
- No quando fixado para vigorar no período de 1939-1943, o município é constituído de 7
- distritos: Sede, Arroio do Só, Boca do Monte, Colônia (ex-Estação Colônia),
- Dilermando de Aguiar, São Martinho, Silveira Martins.
- Pelo decreto-lei estadual nº 720, de 29 de dezembro de 1944, o distrito de Colônia tomou a denominação de Camobi.
- Em divisão territorial datada de 1º de julho de 1950, o município é constituído de 7
- distritos: Sede, Arroio do Só, Boca do Monte, Camobi (ex-Colônia),
- Dilermando de Aguiar, São Martinho,Silveira Martins.
- Pela lei municipal nº 180, de 24 de junho de 1952, é criado o distrito de Itaara,
- pela lei municipal nº 180, de 24 de junho de 1952,
- com território desmembrado do distrito de Camobi e anexado ao distrito de Sede.
- Em divisão territorial datada de 1º de julho de 1955, o município é constituído de 8
- distritos: Sede, Arroio do Só,
- Boca do Monte, Camobi, Dilermando de Aguiar, Itaara, São Martinho, Silveira Martins.
- Assim permanecendo em divisão territorial datada de 1º de julho de 1960.
- Pela lei nº 1037, de 1962, distrito de Colônia Vacacaí tomou a denominação de Santa Flora.
- Em divisão territorial datada de 31 de dezembro de 1963, o município é constituído de 9 distritos: Sede,
- Arroio do Só, Boca do Monte, Camobi, Dilermando de Aguiar, Itaara, Santa Flora (ex-Colônia Vacacaí),
- São Martinho, Silveira Martins. Assim permanecendo em divisão territorial datada de 1º de janeiro de 1979.
- Pela lei estadual nº 8481, de 11 de dezembro de 1987, desmembra do
- município de Santa Maria o distrito de Silveira Martins.
- Elevado à categoria de município.
- Pela lei municipal 3099, de 19-12-1988, é criado o distrito de Arroio Grande e anexado ao município de Santa Maria.
- Em divisão territorial datada de 1988, o município é constituído de 9 distritos:
- Sede, Arroio do Só, Arroio Grande, Boca do Monte,
- Camobi, Dilermando de Aguiar, Itaara, Santa Flora e São Martinho.
- Pela lei municipal nº 3770, de 19 de abril de 1991, é criado o distrito de Passo do Verde e anexado ao município de Santa Maria.
- Pela lei municipal nº 3369, de 2 de setembro de 1991, é criado o distrito de Pains e anexado aomunicípio de Santa Maria.
- Pela lei estadual nº 9593, de 20 de março de 1992, desmembra do município de Santa Maria o distrito de São Martinho.
- Elevado à categoria de município com a denominação de São Martinho da Serra.
- Pela lei municipal nº 3639, de 13 de abril de 1993 o distrito de Arroio do Só passou a denominar-se "Arroio do Sol".
- Em divisão territorial datada de 1993, o município é constituído de 10 [distrito]]s: Sede, Arroio do Sol (ex-Arroio do Só),
- Arroio Grande, Boca do Monte, Camobi, Dilermando de Aguiar, Itaara,Pains, Passo Verde e Santa Flora.
- Pela lei estadual nº 10633, de 28 de dezembro de 1995, desmembra do
- município de Santa Maria o distrito de Dilermando de Aguiar. Elevado à categoria de município.
- Pela lei estadual nº 10643, de 28 de dezembro de 1995, desmembra do
- município de Santa Maria o distrito de Itaara. Elevado à categoria de município.
- Pela lei municipal nº 4120, de 19 de dezembro de 1997, foram criados os distritos
- de Palma e São Valentim e anexado ao município de Santa Maria.
- Em divisão territorial datada de 1999, o município é constituído de 9 distritos: Sede, Arroio do Sol, Arroio Grande,
- Boca do Monte, Pains, Palma, Passo do Verde, Santa Flora e São Valentim.
- Pela lei municipal 4498, 28 de dezembro de 2001, é criado o distrito de
- Santo Antão e anexado ao município de Santa Maria.
- Em divisão territorial datada de 2005, o município é constituído de 10 distritos:
- Sede, Arroio do Só, Arroio Grande, Boca do Monte,
- Pains, Palma, Passo do Verde, Santa Flora, Santo Antão e São Valentim.
- Assim permanecendo em divisão territorial até a atualidade.
Expansão urbana
Dois importantes elementos marcam o processo da expansão urbana do município de Santa Maria:
A rede de drenagem e o traçado da ferrovia. Santa Maria vem apresentando, ao longo de décadas,
um crescimento urbano desordenado, como acontece na grande maioria das cidades brasileiras.
O crescimento populacional cada vez apresenta-se mais desigual, criando novas formas de ocupação urbana.
Há um nítido afastamento do indivíduo dos ambientes naturais.
Denominação das primeiras ruas:
- Acampamento: primeira denominação foi São Paulo, depois, Sete de Setembro.
- Dr. Bozano: Rua Pacifica, Rua do Comércio.
- Av. Rio Branco: Rua General Pinto Bandeira, Coronel Valença, Rua do Progresso.
- Venâncio Aires: Rua da Conceição, da Igreja, da Matriz, Dr. João Inácio.
- Visconde de Pelotas: Travessa do Barão do Cerro Largo.
- Floriano Peixoto: Travessa Maximiano, Rua do Cadó.
- Duque de Caxias: Travessa Marquês de Caxias.
- Conde de Porto Alegre: Barão de Porto Alegre.
- Barão do Triunfo: Travessa Germânica.
- Coronel Niederauer: Rua Dois de Julho.
- Pinheiro Machado: Rua da Aldeia.
- Silva Jardim: Rua dos Guararapes.
- Tuiuti: Rua do Coronel Manoel dos Santos.
Divisão distrital de 1858 até hoje
Quando da instalação oficial de Santa Maria, datada de 17 de maio de 1858, o município
já contava com a presença de dois distritos. O 1º sendo a Vila de Santa Maria e o 2º denominado de
Pau Fincado. A partir dessa data outras divisões ocorreram ao longo da trajetória histórica de Santa Maria.
Com a criação do distrito de São Pedro (hoje, São Pedro do Sul), o município de Santa Maria passou a contar,
a partir de 18 de junho de 1861, com 3 distritos: Sede (1º), Pau Fincado (2º) e Rincão de São Pedro (3º).
Distritos em 1898
Divisão distrital de 1898: 7 distritos.
Distrito | População |
Sede | 32700 |
Dilermando de Aguiar | 5400 |
Estação Colônia | 8500 |
Silveira Martins | 4000 |
Arroio do Só | 2400 |
São Martinho | 4700 |
Caturrita | 7500 |
Distritos em 1986
Divisão distrital de 1986: 9 distritos.
#º | Distrito | Área (km²) |
1º | Sede | 173 |
2º | Dilermando de Aguiar | 582 |
3º | Camobi | 228 |
4º | Silveira Martins | 190 |
5º | Arroio do Só | 311 |
6º | São Martinho | 670 |
7º | Boca do Monte | 468 |
8º | Itaára | 247 |
9º | Santa Flora | 593 |
O que mudou? Atualmente…
Distritos em 1988
Divisão distrital de 1988: 9 distritos.
Principal(is) mudança(s) (em relação à 1986):
- Emancipação do 4º distrito Silveira Martins, passando a ocupar a 4ª posição Arroio Grande.
- Arroio Grande foi desmembrado do então distrito de Camobi.
Distritos em 1997
Distritos hoje
#º | Distrito | Bairros | População (hab.)[9] | Área (km²) | Densidade (hab./km²) |
1º | Sede | 41 | 229.031 | 121,84 | 1879,77 |
2º | São Valentim | 1 | 494 | 133,38 | 3,70 |
3º | Pains | 1 | 3.559 | 133,42 | 26,68 |
4º | Arroio Grande | 1 | 2.701 | 130,71 | 20,66 |
5º | Arroio do Só | 1 | 1.127 | 159,30 | 7,07 |
6º | Passo do Verde | 1 | 498 | 133,40 | 3,73 |
7º | Boca do Monte | 1 | 4.085[Obs. 1] | 307,44 | 13,29 |
8º | Palma | 1 | 856 | 111,92 | 7,65 |
9º | Santa Flora | 1 | 1.263 | 508,52 | 2,48 |
10º | Santo Antão | 1 | [Obs. 2] | 51,70 | ~ |
- ↑ Descontar a população do distrito de Santo Antão, e, recentemente a perda de território para São Valentim com consecutiva perda de população.
- ↑ Criado após censo de 2000. Distrito desmembrado de Boca do Monte em 2000.
Cronologia Ferroviária
Durante muito tempo a ferrovia foi a base para o desenvolvimento de Santa Maria.
Mais tarde perdeu espaço para a UFSM.
A presença dos trilhos no espaço urbano do município veio contribuir de forma definitiva para o processo de ocupação territorial. O transporte ferroviário tornou-se elemento de atração populacional, dando origem aos chamados bairros ferroviário, a exemplo de Itararé, km 3.
Referências